Mestrado profissional qualifica para mercado de trabalho cada vez mais concorrido e desafiador

Conciliar as atividades profissionais com os estudos não é tarefa fácil, mas tem suas vantagens. Para o engenheiro agrônomo Leonardo Ikari Kon, que concluiu o Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV em 2016, “foi desafiador, mas muito prazeroso. O mestrado profissional possibilita a condução de pesquisa com foco direto no trabalho desenvolvido por cada profissional em sua área de atuação. No meu caso, a pesquisa de alternativas para os agricultores solucionar os mais variados problemas fitossanitários”.

Gerente de serviços da Promip, uma grande empresa de controle biológico aplicado, Leonardo destaca a contribuição que o Mestrado Profissional trouxe à sua área de atuação: “A Promip é uma holding que abrange diferentes segmentos, dentre os quais destaco a produção e comercialização de produtos biológicos, pesquisa e inovação no agronegócio e de produtos domissanitários e a prestação de serviços para empresas do setor agrícola. O Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal contribuiu com o compartilhamento de informações e dados dos mais variados segmentos da agricultura, no estudo sobre a legislação vigente, na análise de riscos de pragas, contextualização das barreiras técnicas na produção agrícola e no comércio nacional e internacional e com o estudo de epidemiologia aplicada à Defesa Vegetal”.

Orientado pelo professor da UFV Marcelo Coutinho Picanço, Leonardo desenvolveu uma dissertação sobre o uso de inseticidas no controle de mosca branca. De acordo com o agrônomo, “nas últimas safras, a mosca branca (Bemisia tabaci) tornou-se um dos maiores problemas da agricultura no Brasil. O inseto ataca mais de 500 espécies de plantas, é de difícil controle e exige do agricultor o uso de diferentes técnicas de controle preconizadas no Manejo Integrado de Pragas (MIP). Dentre as principais estratégias recomendadas, o controle químico ainda é o principal método de controle do inseto. Apesar do grande número de produtos registrados, são poucos os realmente eficientes no campo. O objetivo do meu trabalho foi selecionar os inseticidas eficientes no controle de B. tabaci, avaliar a seletividade desses produtos a inimigos naturais e propiciar uma base de dados para os agricultores incentivando o uso escalonado, racional, com rotação do modo de ação e de grupos químicos”.

Qualificação

Agrônomo formado pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) em 2005, Leonardo conta que ao concluir a graduação optou pelo mercado de trabalho, mas que à medida que o tempo foi passando, viu a necessidade de investir na sua qualificação. “Ao concluir a graduação, tive a oportunidade de fazer mestrado com direito à bolsa de estudos. No entanto, optei pelo mercado de trabalho por razões financeiras e para adquirir experiência e vivência de campo. Trabalhei por aproximadamente dez anos em diversos setores em diferentes regiões do Brasil. A cada ano, notei que o mercado de trabalho ficava mais restritivo, concorrido e desafiador. A fluência em mais de um idioma e a pós-graduação tornaram-se pré-requisitos para concorrer a determinados cargos. Comecei uma ampla pesquisa por cursos de pós-graduação em diferentes instituições de ensino, e encontrei na UFV a solução que precisava. Primeiro fiz o curso de especialização em Proteção de Plantas e um ano após a defesa da monografia, me inscrevi a uma das poucas vagas no Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal”.

Para o gerente de serviços da Promip, a UFV poderia abrir novas turmas do Mestrado Profissional e oferecer mais opções de matérias optativas. Na sua avaliação, isso viria aperfeiçoar ainda mais o curso que já é de alta qualidade. “Tive aulas com professores altamente qualificados, usufrui de uma excelente infraestrutura tanto para as aulas teóricas, quanto para as práticas. Tive acesso irrestrito aos materiais e equipamentos necessários para a condução de minha pesquisa e redação da dissertação. Isso sem falar que a Universidade Federal de Viçosa é muito bem conceituada em todo o território nacional e internacional”.