Curso semipresencial alia vantagens da educação a distância e do ensino presencial

O comprometimento que um curso presencial exige aliado à autonomia e flexibilidade de horários do ensino a distância são algumas das vantagens dos cursos semipresenciais. Mas às vezes, essa modalidade pode gerar desconfiança para quem está acostumado apenas com o sistema presencial. Entretanto, como em outras modalidades, para se ter certeza mesmo da credibilidade e da qualidade de um curso, nada melhor do que conhecê-lo na prática. A engenheira agrônoma Janice Ebel, por exemplo, se inscreveu no Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV e não se arrependeu. “De certo modo,  quando se fala de curso a distância, as pessoas costumam não dar muita credibilidade, pelo fato de acharem que se trata de algo fácil ou até mesmo uma ‘compra de diploma’. Mas o Mestrado Profissional é muito sério, exige muita dedicação do aluno para as aulas, muita leitura, escrita e cumprimento de prazos. Já no primeiro semestre, aprendi muito. Já entrei madrugadas adentro finalizando os trabalhos exigidos. Conciliar trabalho e estudo não é fácil não, mas está valendo muito a pena”.

Engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal de Pelotas, Janice atua como fiscal estadual agropecuário desde 2010, na CIDASC (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina), empresa pública que trabalha com a fiscalização de insumos agropecuários e defesa sanitária vegetal. Atuando diretamente nesta área, Janice e outros colegas da CIDASC viram no Mestrado Profissional a oportunidade que buscavam para investirem na sua qualificação. “Nossa equipe de engenheiros agrônomos  tentou, há algum tempo, levar este curso para Santa Catarina para que todos os interessados da CIDASC pudessem fazê-lo, já que nosso trabalho envolve a defesa vegetal e o curso é exatamente em defesa. Mas como não foi possível,  em 2017, eu e outra colega viemos fazê-lo em Viçosa (MG)”.

O Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV é oferecido em regime semipresencial, possibilitando que alunos de todas as partes do Brasil participem. O curso tem duração de dois anos e as disciplinas são oferecidas em módulos condensados, durante encontros presenciais realizados no campus da UFV, em Viçosa. Além das aulas presenciais, os alunos recebem ensinamentos em ambiente virtual, ao longo dos semestres. Além de utilizarem toda a infraestrutura da Universidade para as atividades de ensino e pesquisa, os alunos contam com a orientação de professores da UFV e também de pesquisadores da Embrapa e Epamig, que também integram o corpo docente do Mestrado Profissional.

Janice está no começo do curso, mas assegura que “está sendo uma experiência muito além do esperado. Até agora cursamos as disciplinas Barreiras Técnicas ao Comércio Internacional, ministrada pelo professor Orlando Monteiro e Técnicas Especiais em Defesa Vegetal, com o professor Marcelo Picanço. Ambos os professores têm um conhecimento espetacular. A didática deles  é ótima e a interação com a nossa  turma foi muito boa no primeiro encontro presencial. Outra surpresa pra mim foram as aulas por videoconferência. Minha primeira impressão sobre essa técnica foi algo do tipo ‘isso não vai dar certo, internet caindo, ninguém vai se entender’. Mas na realidade foi excelente. O programa de videoconferência utilizado não trava, todo mundo se entende e as aulas fluem muito bem” – avalia.

Para a sua dissertação, a engenheira agrônoma contará com a orientação do professor da UFV Laércio Zambolim. Ela pretende abordar análise de risco do greening, doença transmitida pelo inseto vetor Diaphorina citri para citros. “Essa praga não existe em Santa Catarina, e ainda não tem um estudo que avalie o risco de entrada dela no estado. Então, como a empresa trabalha com defesa sanitária vegetal e a praga em questão é de importância econômica, esse estudo poderá contribuir muito para o nosso trabalho na CIDASC”.