Engenheira agrônoma destaca que esta modalidade de mestrado torna profissionais mais resolutivos

A engenheira agrônoma Roberta Duarte Avila Vieira trabalha na CIDASC (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina), no município de Lages (SC). Ela atua na área de defesa sanitária vegetal, através do monitoramento e fiscalização da produção e do comércio de produtos de origem vegetal, veiculadores de pragas que representam risco à produção agrícola e à condição socioeconômica do estado de Santa Catarina. Ela também atua na fiscalização de insumos agrícolas, como agrotóxicos, sementes e mudas. Paralelo às suas atividades profissionais, Roberta cursa o Mestrado Acadêmico em Defesa Sanitária Vegetal da UFV. “Ressalto a importância desta modalidade de mestrado pela possibilidade de capacitar o profissional na sua área de atuação, tornando-o mais resolutivo, produtivo e competitivo no ambiente em que está inserido” – destaca.

Em 2003, Roberta concluiu o curso de Agronomia pela UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina) e, quatorze anos depois, ingressou no mestrado profissional. Ela ingressou no curso de pós-graduação no segundo semestre de 2017 e avalia que o Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV “proporciona aos alunos uma excelente equipe de professores e profissionais qualificados e atuantes na área de defesa sanitária vegetal e um ambiente riquíssimo de possibilidades de aprendizado, através dos materiais didáticos, de vídeo-aulas e videoconferências. Além dos encontros presenciais, que permitem o contato com a Universidade como um todo”.

Para a sua dissertação, Roberta planeja desenvolver o tema “Análise de Risco da bactéria Pseudomonas syringae pv syringae  no mundo”. “Através da definição da área de risco, da avaliação e do manejo do risco desta praga, pretendo determinar o risco desta bactéria para pomares de maçã, produto de grande importância socioeconômica para o estado de Santa Catarina” – afirma a agrônoma da CIDASC.

Troca de experiências enriquece ainda mais o aprendizado no Mestrado Profissional

O que leva um profissional já estabelecido no mercado de trabalho retornar à sala de aula para fazer um mestrado profissional? Para o engenheiro agrônomo Ricardo Wolfgramm, por exemplo, a motivação vai muito além da obtenção de um título de mestre. Ele busca aprendizado: “Além do conhecimento adquirido com o curso, o que acho de grande valia é o conhecimento compartilhado entre diferentes profissionais que estão numa mesma sala de aula. A troca de experiências de vida e experiências profissionais é fantástica. Em uma mesma sala temos um agrônomo que trabalha em áreas com alta tecnologia no cultivo de soja e também temos uma profissional que atende tribos indígenas no Amazonas. Em uma semana de encontro temos uma troca de informações enorme, fazemos amizades com profissionais de diversas áreas de atuação e de diferentes regiões do Brasil”.

Ricardo se formou em Agronomia na UFV, em 2009. Logo em seguida, ingressou em um mestrado acadêmico na mesma instituição, mas não chegou a concluir, pois entrou no mercado de trabalho. Após experiências como extensionista rural e representante técnico de vendas, fundou em sociedade com dois amigos, a empresa Equilíbrio Rural, uma loja de produtos agropecuários, localizada em São Gabriel da Palha (ES). Agora, empresário e estudante do Mestrado Profissional, Ricardo acredita “que o curso possa abrir muitas portas ao mercado de trabalho, seja uma promoção dentro da empresa onde já se trabalha ou mesmo uma nova colocação em uma nova empresa. Isso me anima muito, pois já observo um interesse de grandes empresas por esse tipo de profissional, experiente e qualificado”.

Estudos

O engenheiro agrônomo ingressou no Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV no segundo semestre de 2017. Ele já cursou as disciplinas Tópicos Especiais em Defesa Vegetal Barreiras Técnicas ao Comércio Internacional, obtendo excelente aproveitamento em ambas. “Quanto ao aprendizado nessas disciplinas, posso afirmar que superou as minhas expectativas por se tratar de um curso semipresencial. Todos os alunos foram cobrados a entregar as tarefas nos prazos previamente estipulados e isso demonstrou a todos um grande senso de responsabilidade e de planejamento por parte da direção e dos professores do curso. É preciso estudar sim, e isso muito me agrada, pois não estou atrás apenas de um ‘título de mestre’ e sim de aprendizado e produções bibliográficas de qualidade”.

Sob a orientação do professor Angelo Pallini, Ricardo pretende desenvolver a sua dissertação tendo como tema o controle da broca da haste (Xylosandrus compactus): “Espero contribuir com um melhor entendimento sobre a bioecologia dessa praga no Brasil, principalmente em cultivos comerciais de café, e determinar qual a melhor alternativa para o seu controle. Essa praga, em algumas ocasiões, pode causar danos significativos na cultura do café, sendo o seu controle difícil. Com esse trabalho procuro aguçar a curiosidade de pesquisadores, agrônomos e de empresas de agroquímicos sobre broca da haste, que pode ter efeitos danosos para a cafeicultura”.