Engenheiro agrônomo defende dissertação sobre importante problema fitossanitário do milho no Brasil
O engenheiro agrônomo Ueder Peres Oliveira defendeu no final do mês de julho a sua dissertação do Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal, onde abordou um dos mais importantes problemas fitossanitários do milho no Brasil na atualidade. Sob a orientação do professor Eliseu José Guedes Pereira, o engenheiro agrônomo avaliou a resistência de genótipos de milho à cigarrinha Daubulus maidis e ao complexo de enfezamentos. Ueder conduziu experimentos com 25 genótipos de milho, e a sua pesquisa possibilitou identificar genótipos resistentes, “evidenciando que a resistência de plantas em milho é um método promissor de controle da praga e da doença”.

A defesa da dissertação intitulada “Caracterização da resistência e tolerância de genótipos de milho à Dalbulus maidis e ao complexo de enfezamentos” ocorreu remotamente e contou com participação dos professores Marcelo Coutinho Picanço (UFV), Ricardo Siqueira da Silva (UFVJM) e dos pós-doutores Mayara Lopes e Paulo Santana Júnior, ambos ligados ao Programa de Pós-Graduação em Entomologia da UFV. De acordo com o orientador, “Ueder teve um excelente desempenho na condução da pesquisa, na sua apresentação na dissertação e no seminário, e na arguição pela banca examinadora” – afirma o professor Eliseu.

Ueder trabalha em uma empresa do grupo Agroceres, a Helix Sementes e Mudas Ltda., que produz sementes de milho e sorgo. Vale destacar que a Agroceres foi fundada em 1945, pelo engenheiro agrônomo Antônio Secundino de São José, ex-aluno da UFV, sendo a primeira empresa de sementes de milho híbrido do Brasil. De acordo com Ueber, a empresa onde trabalha investiu no seu treinamento e forneceu condições para que ele realizasse o Mestrado Profissional na UFV.
Para o professor Eliseu, “Ueder é um representativo de perfil de pessoa a quem o Mestrado Profissional possibilita treinar e aprimorar o conhecimento para melhor atuar nas empresas e outras instituições”. O professor da UFV ainda destaca que “os resultados/produtos das pesquisas são diretamente aplicáveis e trazem benefício à sociedade. O título de Magister Scientiae concedido no mestrado profissional equivale ao obtido no mestrado acadêmico, com os mesmos direitos e atribuições. Isso significa que o profissional pode ingressar em carreira que exige título de mestrado Stricto Sensu, inclusive pode seguir para o doutorado se oportuno”.
Esse certamente é um caminho que o engenheiro agrônomo Ueder, e agora também Mestre em Defesa Sanitária Vegetal, pretende seguir: “Somente aguardo a disponibilidade de um doutorado profissional, como o mestrado profissional que fiz na UFV, para que eu ingresse na empreitada! Isso permitiria às pessoas a oportunidade para aprimorar o conhecimento e conquistar o título de Doctor Scientiae concomitante com as atividades profissionais, sejam elas no setor público ou privado”.
























Além disso, a pesquisadora enfatiza o fato de sua pesquisa está buscando desenvolver um produto originado de uma planta do Cerrado brasileiro. “Temos o privilégio de ter em nosso país, em seus diferentes biomas, uma flora rica em biodiversidade, não encontrada em nenhuma outra parte do mundo. Logo, o número de moléculas existentes que ainda não foram pesquisadas é muito grande. O incentivo e apoio às pesquisas relacionadas à nossa biodiversidade devem ser contínuos, pois os compostos químicos presentes na nossa flora, além de serem fontes de novas moléculas para o combate de pragas e doenças na agropecuária, também dão origem a compostos usados em áreas como medicina, farmácia, nutrição, dentre outras. Tudo isso reflete em melhorias na qualidade de vida da sociedade”.
Engenheira Agrônoma, professora de Química no curso de Engenharia Agronômica da Faculdade Cidade de João Pinheiro, na cidade de João Pinheiro (MG), e instrutora de formação profissional rural do Sistema FAEMG/Senar, onde ministra treinamentos de aplicação de defensivos, Ana Paula ingressou no Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV em agosto de 2017, onde construiu uma profícua parceria com outros pesquisadores.


Já a engenheira agrônoma Hellen Patrícia Dantas Deifeld, que também participou do encontro, destaca que “a UFV é uma universidade que possui uma estrutura muito boa, com seus laboratórios bem equipados e prédios de diversas áreas, que oferece aos alunos tudo o que possa ser necessário para o aprendizado e para outras necessidades, como área de lazer, supermercado e alojamento. O Campus é lindo e apaixonante, a cada passo nos deparamos com uma beleza diferente, o que o torna um lugar prazeroso de se estar”.
Hellen avalia que Barreiras Técnicas ao Comércio Internacional é uma disciplina necessária a todos profissionais da sua área de formação: “Todo engenheiro agrônomo deveria ter noção sobre o comércio internacional e suas barreiras técnicas. Essa disciplina ampliou nossos conhecimentos, sendo passada de forma simples, clara e objetiva. Não tinha muita noção e pensava que era algo muito difícil, mas agora, depois da aula, meu pensamento sobre o assunto mudou completamente”.




