Contato entre profissionais de diferentes áreas de atuação incrementa formação dos estudantes

Durante dois anos, o engenheiro agrônomo da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins (ADAPEC/TO) Breno Gomes Barbosa viajou do estado do Tocantins para Minas Gerais, para participar dos encontros presenciais do Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal, em Viçosa. Inspetor de defesa agropecuária na ADAPEC/TO, Breno concluiu o curso na UFV em 2016 e destaca que o Mestrado Profissional lhe proporcionou “conhecer pessoas com diferentes formações e atuações, como fiscais, pesquisadores, professores, analistas, entre outros, todos ligados à cadeia agrícola. Durante os encontros presenciais trocamos várias experiências profissionais”.

Para ele, que desenvolve ações voltadas para a prevenção, controle e/ou erradicação de pragas nas culturas de importância econômica e social para o estado de Tocantins, uma das principais contribuições do curso para a sua atuação, foi ampliar o “conhecimento técnico-científico na detecção e identificação de pragas e inimigos naturais, utilizado durante as fiscalizações nas lavouras produtivas”.

Natural de Porto Velho (RO), Breno concluiu o curso de Agronomia em 2010, na Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Na UFV, no Mestrado Profissional, o agrônomo defendeu a sua dissertação sobre o ataque de tripes Frankliniella schultzei à cultura da melancia. De acordo com Breno, “a pesquisa foi realizada em lavouras comerciais de melancia. O grupo foi formado por orientados do professor Marcelo Coutinho Picanço (UFV) e orientados do professor Renato de Almeida Sarmento (UFT). Os estudos tiveram como objetivo determinar os fatores que regulam a intensidade de ataque de tripes F. schultzei à cultura da melancia”.

Esses estudos possibilitaram o entendimento da bioecologia desse organismo e podem embasar o planejamento de programas de manejo integrado de pragas. Foram avaliados elementos climáticos, planta hospedeira e inimigos naturais. Observou-se que o ataque de tripes é maior nas épocas secas, em plantas que estejam no início do cultivo e, preferencialmente, nas folhas mais apicais do ramo. Também se verificou que quanto maior o ataque de tripes, maiores são as populações do predador Chrysoperla sp. O inspetor de defesa agropecuária da ADAPEC/TO avalia que “diante dessas informações, os produtores podem fazer um melhor planejamento do manejo das suas lavouras, como: a melhor época para o plantio; utilização de defensivos agrícolas seletivos aos inimigos naturais presentes na sua área; e o direcionamento da aplicação de defensivos para as partes da planta onde estão concentradas as pragas”.

Razões para ingressar no Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV

  • Excelência do Curso: A Universidade Federal de Viçosa (UFV) é pioneira no Brasil no oferecimento de cursos de pós-graduação na área de Ciências Agrárias. A instituição tem padrão de excelência nacional e internacional nas áreas de Entomologia, Fitopatologia, Ervas Daninhas e Defesa Sanitária Vegetal. O Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da nasceu neste contexto. Na última avaliação da CAPES, o curso esteve entre os melhores do país na área de Ciências Agrárias I. Saiba mais
  • Excelência da Equipe: A equipe de orientadores do Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV é formada por professores com  grande capacidade didática e que estão entre as maiores autoridades brasileiras nas suas áreas de atuação. Conheça os orientadores 
  • Objetivos do Curso: Proporcionar a profissionais com formação e/ou que atuam em Ciências Agrárias e áreas afins, ampliação dos seus conhecimentos em Entomologia, Fitopatologia, Ervas Daninhas e Defesa Sanitária Vegetal, impulsionando sua carreira e atuação no mercado de trabalho.
  • Características do Estudante: O Mestrado é destinado a profissionais. Portanto, os candidatos ao curso devem ter vínculo empregatício (em empresas públicas ou privadas), serem empresários ou atuarem como autônomos.
  • Metodologia do Curso: O curso é estruturado de forma a permitir que o aluno concilie suas atividades profissionais com os estudos, possibilitando que o aluno aplique o conhecimento adquirido na sua atividade profissional. As disciplinas são oferecidas em módulos condensados semanais em cada semestre, no Campus da UFV, em Viçosa (MG).
  • Saiba mais sobre seleção de candidatos

 

Palestrante do Workshop: Tarcisio Visintin Galdino, pesquisador na área de inseticidas

O pesquisador da empresa japonesa Sumitomo Chemical do Brasil Tarcisio Visintin Galdino é um dos palestrantes confirmados para o I Workshop de Defesa Sanitária Vegetal da UFV.  Responsável pelo desenvolvimento de inseticidas na estação experimental da empresa na América Latina, localizada em Mogi Mirim (SP), Tarcísio responde por todas as etapas que envolvem a descoberta de novas moléculas para potencial uso na agricultura no controle de pragas, bem como ensaios oficiais de eficácia para submissão de pleitos de registro perante aos órgãos responsáveis. No I Workshop de Defesa Sanitária Vegetal, o pesquisador irá abordar sobre a modelagem de locais no mundo onde a seca da mangueira pode ocorrer e com isso gerar prejuízo à produção de manga. “Até 2016, a doença foi identificada somente em três países (Brasil, Omã e Paquistão). Como a produção de manga ocorre muito além desses países, a palestra irá abordar locais do mundo que produzem manga e que possuem condições favoráveis para a doença. A discussão será em torno de quão grande é o risco para regiões produtoras de manga e possíveis ferramentas para prevenir essas perdas”.

Causada pelo fungo Ceratocystis fimbriata , a seca da mangueira  está entre os principais problemas enfrentados pelos produtores dessa cultura. De acordo com o pesquisador da Sumitomo, “a primeira vez que o fungo foi reportado causando doença em manga ocorreu no Brasil na década de 40. Posteriormente, a seca da mangueira foi observada no Paquistão e no sultanado de Omã, no final da década de 90. As perdas são estimadas em até 60% da produção e mesmo com os esforços desses países para conter o avanço da doença, o número de plantas infectadas não para de aumentar. Por essas razões, essa doença apresenta uma grande ameaça para as regiões produtores de manga no mundo. Os sintomas da doença se caracterizam pela murcha, amarelecimento e posterior seca das folhas apicais, que permanecem aderidas ao galho por um longo tempo mesmo depois de secas. Além disso, plantas doentes podem apresentar descoloração da casca em galhos e tronco, pequenos furos na casca e a exsudação de goma (gomose). O lenho infectado escurece, contrastando com o tecido sadio que é bem mais claro. A infecção da mangueira por C. fimbriata pode ocorrer através da copa e/ou das raízes das árvores. Mesmo na ausência do hospedeiro, o fungo pode sobreviver na área por longos períodos e se multiplicar no solo e nos galhos mortos”.

Tarcisio avalia ser de grande importância conhecer os riscos potenciais de pragas como essa: “Culturas de determinadas regiões do globo foram transferidas para outros locais de forma a otimizar a produção de alimentos. Esses novos locais são muitas vezes importantes para produção, pois possuem características favoráveis à cultura, mas ainda não são locais de ocorrência de pragas e doenças. O oposto também pode ocorrer, a cultura pode encontrar nesse novo local insetos e outros organismos que não ocorrem em sua região de origem. Nesse novo local, essa cultura pode ter pragas ou doenças que anteriormente não eram conhecidas. Os modelos visam então, identificar os locais onde pragas, doenças e plantas daninhas podem ocorrer. Com isso, medidas fitossanitárias podem ser tomadas de forma a prevenir a introdução de organismos indesejados nesses ambientes, evitando perdas”.

Relação com a agricultura

Ligado à agricultura desde a infância, filho de pequenos produtores rurais, Tarcisio conta que a vivência na roça com os seus pais o ensinou muito sobre a prática na agricultura e despertou o seu interesse pela Agronomia, iniciando o curso em 2005, na UFV. “Já no início da graduação, ingressei no estágio no Laboratório de Manejo Integrado de Pragas, sob a orientação do professor Marcelo Coutinho Picanço. Durante o estágio, comecei na iniciação científica e descobri como engenheiros agrônomos podem se tornar mestres e doutores. Até então não tinha nem ideia. Com isso, retracei meus planos para os próximos anos e decidi ir definitivamente para a área de pesquisa. Terminei a graduação e ingressei no mestrado em Entomologia da UFV, onde percebi a importância de aprender outra língua e ter experiência em outro país. Já no doutorado, fui contemplado em 2015, com uma bolsa de estudos da CAPES, que me permitiu fazer parte da minha pesquisa na Colorado State University, nos Estados Unidos. Após um ano retornei ao Brasil e terminei meu doutorado. Em seguida, dei início ao pós-doutoramento, que conclui para assumir o meu primeiro emprego. Iniciei a minha carreira profissional na Promip, como coordenador de pesquisas, onde trabalhei por mais de um ano. Saí da Promip para assumir minha posição atual na Sumitomo Chemical do Brasil, como pesquisador na área de inseticidas”.

Agora, Tarcisio retorna à UFV para compartilhar um pouco da sua experiência profissional, durante o I Workshop de Defesa Sanitária Vegetal, que será realizado nos dias 22 e 23 de setembro de 2018. Saiba mais sobre o evento.

Palestrante do Workshop: Elisangela Fidelis, referência em pragas quarentenárias

Referência em pragas recém-introduzidas no Brasil ou com alto risco de entrada, a pesquisadora da Embrapa Elisangela Gomes Fidelis é uma das palestrantes confirmadas para o I Workshop de Defesa Sanitária Vegetal. Com o tema “Problemas com pragas quarentenárias no Brasil”, a pesquisadora apresentará as principais pragas já introduzidas no país e as que apresentam alto risco de entrada, bem como as ações para redução de riscos e impactos causados por essas pragas à agricultura brasileira e como os profissionais de defesa fitossanitária podem atuar nessa área.

Elisangela concluiu o curso de Agronomia, o mestrado, o doutorado e o pós-doutorado em Entomologia na UFV. No final do ano de 2010, ela ingressou na Embrapa, como pesquisadora em entomologia, no estado de Roraima. “Na região Norte, tenho tido a oportunidade de trabalhar com manejo de pragas em ambientes amazônicos e de fronteira, o que é um grande desafio, pois pouco se sabe sobre a entomofauna da região. Além disso, muitas espécies de pragas quarentenárias estão sendo introduzidas no Brasil por esta região”.

Pragas quarentenárias

De acordo com a pesquisadora, “pragas quarentenárias são organismos ausentes no país ou presentes, com distribuição restrita e sob controle oficial, que têm potencial de causar danos socioeconômicos e ambientais, e, portanto, ameaçam a agricultura nacional. Essas pragas podem ser insetos, ácaros, nematoides, fungos, bactérias, fitoplasmas, vírus e viroides, plantas infestantes e parasitas”.

Com impacto no comércio nacional e internacional, as pragas quarentenárias podem reduzir a produção agropecuária pelos danos que causam. Além disso, “podem levar à perda de mercados, devido às barreiras fitossanitárias (domésticas e/ou internacionais) impostas por países ou regiões onde a praga não está presente. Uma praga quarentenária pode ocasionar ainda o aumento do preço dos produtos comercializados, devido aos custos com programas de controle oficial ou medidas de contenção e tratamentos pós-colheita exigidos por países ou estados importadores”.

Como exemplo de praga quarentenária presente no Brasil que impõe barreiras ao comércio internacional, a pesquisadora cita a mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae), presente nos estados do Amapá e Roraima. “Os países importadores não aceitam frutas provenientes de regiões onde a mosca-da-carambola ocorre”.

Elisangela também cita outros casos de pragas quarentenárias introduzidas no Brasil e que causam prejuízos: “O caso mais recente de entrada de uma praga quarentenária de alto impacto econômico foi o de Helicoverpa amigera, que tem causado perdas expressivas ao algodão, soja e milho. Outro exemplo, é o HLB ou greening dos citros, que foi identificada em 2004 e causa sérios problemas na citricultura brasileira”.

Redução de riscos e impactos

Para a pesquisadora, dentre as medidas que podem evitar a entrada de pragas quarentenárias no Brasil, estão a fiscalização e o controle de trânsito de produtos agrícolas. Ela acrescenta: “Antevendo a eventual entrada de uma praga quarentenária, medidas para redução de seus impactos também devem ser tomadas, como: monitoramento e estabelecimento de plantações sentinelas para detecção precoce; desenvolvimento de planos de contingência e erradicação; melhoramento preventivo; introdução antecipada de inimigos naturais para o controle biológico; etc.”.

Atualmente, na Embrapa Roraima, Elisangela vem se dedicando ao estudo de duas pragas quarentenárias: o ácaro-vermelho-das-palmeiras e o ácaro-hindustânico-dos-citros. O primeiro, cientificamente conhecido como Raoiella indica, “foi detectado primeiramente no Brasil, em Roraima no ano de 2009 e hoje já está presente em vários estados brasileiros, causando danos ao coqueiro, banana e outras palmeiras. Os estudos com esse ácaro têm sido com o objetivo de selecionar inimigos naturais eficientes para seu controle, identificar seus hospedeiros e os danos causados aos mesmos e o desenvolvimento de modelos de potencial estabelecimento da praga”. Já o ácaro-hindustânico-dos-citros (Schizotetranychus hindustanicus) é uma praga quarentenária presente somente em Roraima. “Os estudos com esse ácaro são relacionados à sua biologia e desenvolvimento de modelos de previsão de ocorrência, estabelecimento e danos” – descreve.

Para conhecer um pouco mais sobre o trabalho da pesquisadora, participe do I Workshop de Defesa Sanitária Vegetal, que será realizado na UFV, nos dias 22 e 23 de setembro de 2018. A palestra “Problemas com pragas quarentenárias no Brasil”, com a Dra. Elisangela Gomes Fidelis, será no primeiro dia do evento. Confira a programação completa e inscreva-se.

Inscrições abertas para a seleção de candidatos ao Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV

O Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV está recebendo inscrições de candidatos para o Processo Seletivo 2018/2. São oferecidas 17 vagas, destinadas a profissionais graduados nas ciências agrárias e áreas afins, que tenham interface com a defesa sanitária vegetal.  Os candidatos poderão se inscrever até o dia 2 de julho, apenas pela internet.

Todas as informações sobre a seleção de candidatos constam nos links abaixo:

Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal

O curso é estruturado de forma a permitir que o aluno concilie suas atividades profissionais com os estudos, possibilitando, inclusive, que o aluno aplique no seu local de trabalho o conhecimento adquirido nas aulas.

O Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal tem duração de dois anos e as disciplinas são oferecidas em módulos condensados, durante encontros presenciais realizados no campus da UFV, em Viçosa (MG). Além das aulas presenciais, os alunos recebem ensinamentos em ambiente virtual, ao longo dos semestres.

Além de utilizarem toda a infraestrutura da Universidade para as atividades de ensino e pesquisa, os alunos ainda contam com a orientação de professores da UFV. O corpo docente é composto na sua maior parte por professores dos departamentos de EntomologiaFitopatologiaFitotecnia e Economia da UFV. Reforçando o time de orientadores, conta também com pesquisadores da Embrapa e Epamig.

Aproveite e inscreva-se. As aulas da próxima turma do Mestrado Profissional terão início no dia 6 de agosto de 2018.

Fiscal agropecuário destaca contribuições do Mestrado Profissional para sua carreira

Quem não deseja obter uma melhoria salarial fruto de uma qualificação profissional? Além do conhecimento adquirido, esse foi um incentivo a mais para o engenheiro agrônomo Rodrigo Eustáquio da Silva cursar o Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal na UFV. Fiscal agropecuário do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), ele  concluiu o Mestrado Profissional em 2017 e afirma que o curso já está contribuindo na resolução de problemas cotidianos: “ Hoje, enxergo o ambiente de trabalho no IMA de forma ampla, fruto do senso crítico adquirido durante o curso. Além do mais, já está prevista uma melhoria salarial pela qualificação, que é sempre positivo”.

Atuando em Belo Horizonte (MG), Rodrigo dá apoio ao gerenciamento de fiscalização de agrotóxicos realizados no estado de Minas Gerais.  Para a sua dissertação, ele escolheu como tema  a “Otimização da Fiscalização do Uso de Agrotóxicos pelo Instituto Mineiro de Agropecuária”. De acordo com o engenheiro agrônomo, “embora Minas Gerais seja a sexta unidade federativa do Brasil em vendas de agrotóxicos, o IMA é o órgão que mais realiza atividades de fiscalização do uso desses insumos nas propriedades rurais do país”.

Rodrigo destaca que houve uma participação ativa de vários servidores do IMA na construção da sua dissertação, “levando-os a refletir de forma crítica o próprio ambiente de trabalho”. Ele avalia que a sua dissertação contribuiu para que o IMA passasse a utilizar “a base de dados do programa SICCA (Sistema de Controle e Comércio de Agrotóxicos e Afins), ferramenta on-line que estava ativa desde 2012 e que era subaproveitada para investigações fiscais. Conseguimos quantificar melhor o consumo de agrotóxico nas propriedades rurais em Minas Gerais, permitindo planejar melhor nossas ações fiscais nesse ambiente. Por fim, desenvolvemos uma ferramenta (fórmula) que auxilia no cálculo amostral do universo a ser fiscalizado de forma representativa”.

Satisfeito com os frutos que vêm colhendo com a conclusão do Mestrado Profissional, o fiscal agropecuário do IMA espera que a UFV também ofereça futuramente o Doutorado Profissional na área de defesa sanitária vegetal, permitindo assim que profissionais como ele possam continuar investindo na sua qualificação. “Ainda na graduação, o mestrado foi deixado de lado ao priorizar a conclusão do curso para entrar no mercado profissional. Através da UFV, pude inserir mais uma qualificação profissional no currículo, pois o curso é dinâmico e flexível, diferente do mestrado acadêmico, que exige dedicação integral”.

Mestrado Profissional prepara I Workshop de Defesa Sanitária Vegetal

O Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV está organizando o I Workshop de Defesa Sanitária Vegetal. O evento será realizado em Viçosa (MG), nos dias 22 e 23 de setembro de 2018, e contará com palestrantes nacionais e internacionais.

Profissionais e estudantes das Ciências Agrárias e áreas afins já podem se inscrever. As inscrições para o Workshop estarão com preços especiais até o dia 30 de abril. Inclusive, os alunos do Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV que se inscreverem no evento até essa data serão isentos da taxa. Confira a programação:

Engenheira agrônoma destaca que esta modalidade de mestrado torna profissionais mais resolutivos

A engenheira agrônoma Roberta Duarte Avila Vieira trabalha na CIDASC (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina), no município de Lages (SC). Ela atua na área de defesa sanitária vegetal, através do monitoramento e fiscalização da produção e do comércio de produtos de origem vegetal, veiculadores de pragas que representam risco à produção agrícola e à condição socioeconômica do estado de Santa Catarina. Ela também atua na fiscalização de insumos agrícolas, como agrotóxicos, sementes e mudas. Paralelo às suas atividades profissionais, Roberta cursa o Mestrado Acadêmico em Defesa Sanitária Vegetal da UFV. “Ressalto a importância desta modalidade de mestrado pela possibilidade de capacitar o profissional na sua área de atuação, tornando-o mais resolutivo, produtivo e competitivo no ambiente em que está inserido” – destaca.

Em 2003, Roberta concluiu o curso de Agronomia pela UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina) e, quatorze anos depois, ingressou no mestrado profissional. Ela ingressou no curso de pós-graduação no segundo semestre de 2017 e avalia que o Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV “proporciona aos alunos uma excelente equipe de professores e profissionais qualificados e atuantes na área de defesa sanitária vegetal e um ambiente riquíssimo de possibilidades de aprendizado, através dos materiais didáticos, de vídeo-aulas e videoconferências. Além dos encontros presenciais, que permitem o contato com a Universidade como um todo”.

Para a sua dissertação, Roberta planeja desenvolver o tema “Análise de Risco da bactéria Pseudomonas syringae pv syringae  no mundo”. “Através da definição da área de risco, da avaliação e do manejo do risco desta praga, pretendo determinar o risco desta bactéria para pomares de maçã, produto de grande importância socioeconômica para o estado de Santa Catarina” – afirma a agrônoma da CIDASC.

Troca de experiências enriquece ainda mais o aprendizado no Mestrado Profissional

O que leva um profissional já estabelecido no mercado de trabalho retornar à sala de aula para fazer um mestrado profissional? Para o engenheiro agrônomo Ricardo Wolfgramm, por exemplo, a motivação vai muito além da obtenção de um título de mestre. Ele busca aprendizado: “Além do conhecimento adquirido com o curso, o que acho de grande valia é o conhecimento compartilhado entre diferentes profissionais que estão numa mesma sala de aula. A troca de experiências de vida e experiências profissionais é fantástica. Em uma mesma sala temos um agrônomo que trabalha em áreas com alta tecnologia no cultivo de soja e também temos uma profissional que atende tribos indígenas no Amazonas. Em uma semana de encontro temos uma troca de informações enorme, fazemos amizades com profissionais de diversas áreas de atuação e de diferentes regiões do Brasil”.

Ricardo se formou em Agronomia na UFV, em 2009. Logo em seguida, ingressou em um mestrado acadêmico na mesma instituição, mas não chegou a concluir, pois entrou no mercado de trabalho. Após experiências como extensionista rural e representante técnico de vendas, fundou em sociedade com dois amigos, a empresa Equilíbrio Rural, uma loja de produtos agropecuários, localizada em São Gabriel da Palha (ES). Agora, empresário e estudante do Mestrado Profissional, Ricardo acredita “que o curso possa abrir muitas portas ao mercado de trabalho, seja uma promoção dentro da empresa onde já se trabalha ou mesmo uma nova colocação em uma nova empresa. Isso me anima muito, pois já observo um interesse de grandes empresas por esse tipo de profissional, experiente e qualificado”.

Estudos

O engenheiro agrônomo ingressou no Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV no segundo semestre de 2017. Ele já cursou as disciplinas Tópicos Especiais em Defesa Vegetal Barreiras Técnicas ao Comércio Internacional, obtendo excelente aproveitamento em ambas. “Quanto ao aprendizado nessas disciplinas, posso afirmar que superou as minhas expectativas por se tratar de um curso semipresencial. Todos os alunos foram cobrados a entregar as tarefas nos prazos previamente estipulados e isso demonstrou a todos um grande senso de responsabilidade e de planejamento por parte da direção e dos professores do curso. É preciso estudar sim, e isso muito me agrada, pois não estou atrás apenas de um ‘título de mestre’ e sim de aprendizado e produções bibliográficas de qualidade”.

Sob a orientação do professor Angelo Pallini, Ricardo pretende desenvolver a sua dissertação tendo como tema o controle da broca da haste (Xylosandrus compactus): “Espero contribuir com um melhor entendimento sobre a bioecologia dessa praga no Brasil, principalmente em cultivos comerciais de café, e determinar qual a melhor alternativa para o seu controle. Essa praga, em algumas ocasiões, pode causar danos significativos na cultura do café, sendo o seu controle difícil. Com esse trabalho procuro aguçar a curiosidade de pesquisadores, agrônomos e de empresas de agroquímicos sobre broca da haste, que pode ter efeitos danosos para a cafeicultura”.

Conheça os objetivos do Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV

O curso visa proporcionar a profissionais com formação em Ciências Agrárias e áreas afins a fundamentação teórica e reciclagem de conhecimentos no âmbito da Defesa Sanitária Vegetal, induzindo-os ao pensamento crítico e à produção de generalizações com base no raciocínio científico, visando facilitar e ampliar as suas atividades profissionais e incremento de sua produtividade.

O Mestrado Profissional também tem como objetivo a busca de parcerias com os setores público e privado, o que resultará numa maior aproximação entre o conhecimento científico e as necessidades do país na área de Defesa Sanitária Vegetal, trazendo melhorias no bem-estar da sociedade brasileira pela rápida difusão das tecnologias geradas.

O Mestrado Profissional atua em duas áreas básicas: defesa sanitária vegetal e comércio exterior/barreira alfandegárias.
  • Defesa sanitária vegetal:  entomologia (insetos e ácaros), fitopatologia (fungo, vírus, bactérias) e manejo de plantas não cultivadas (plantas daninhas).
  • Comércio exterior: fluxo e trânsito de cargas pelo mundo (levando e trazendo pragas) e estudo das contenções dessas pragas por meio de barreiras alfandegárias (taxas e valores) e não alfandegárias (restrições legais).